domingo, 20 de novembro de 2011

GATTACA - Guanina, Adenina, Timina, Citosina


    Como esconder as milhões de células que seu corpo descarta todos os dias? Como evitar que toda sua identidade seja descoberta através do seu DNA?  O filme GATTACA (Gattaca, EUA, 1997) segue os passos de Vincent Freeman, um homem geneticamente inferior, com essas dúvidas num futuro próximo (para o lançamento do filme) e sua dificuldade em manter a identidade de um homem geneticamente superior a fim de prosseguir com seu sonho de viagem espacial.
    O filme relata a criação de novas espécies, modificadas e pensadas em laboratórios, seres humanos perfeitos. Retorna o conceito de eugenia e a questão ética, colocando ao longo das cenas várias áreas de atuação Biomédica como Bioética, Análises Clínicas, Urinálise, Automação, Hematologia, Criminalística, Bioinformática e, claro, Genética. Aliás, percebeu como GATTACA tem exatamente as mesmas quatro letras do nosso código genético, ATCG?
    GATTACA mostra a preocupação frente às tecnologias reprodutivas e sua possível conseqüência no desenvolvimento da sociedade. Como seria se todas as pessoas tivessem acesso ao seu seqüenciamento genético e já soubessem desde ao nascerem seus problemas de saúde, seu tempo de vida?
   É o filme perfeito para uma boa discussão, pois nós estamos vivendo já em um possível mundo futuro, onde já existem clones de animais, criações em laboratórios e em alguns países até a análise de sangue para verificar sua condição de vida e a maioria das pessoas não se dão conta dessa evolução. 

  O trailer do filme pode ser conferido aqui, na seção Vídeos no final da página.

Tô vacinado



   Quantos anos você tem? Alguma vez já se vacinou? Está com seu cartão de vacinação em dia? Perguntas como estas podem parecer triviais para um indivíduo bem informado e preocupado com a saúde e o bem-estar, mas é estranha às pessoas que acham que a vacinação é inútil e dolorosa. 
   A vacina foi criada em 1798 pelo britânico Edward Jenner, e é uma substância formulada em laboratório capaz de imunizar pessoas e animais contra doenças infecciosas causadas por vírus e bactérias. Sendo assim, protegerá a todos que receberem as doses de forma eficaz. Existem vacinas contra o sarampo, coqueluche, rubéola, febre amarela, gripe, caxumba, varíola e hepatite.
   Em artigos publicados na Revista de Saúde Pública de 2002 e Diretrizes em Foco de 2006, fala-se, respectivamente, dessas duas últimas. O primeiro nos remete à volta da vacina da varíola nos Estados Unidos, um país extremamente desenvolvido, mas que com os ataques de 11 de setembro de 2001 vacinou a população contra a varíola para evitar uma epidemia. A varíola era uma doença infecto-contagiosa, exclusiva do homem (não sendo transmitida por outros animais, como a dengue, por exemplo). De surgimento e desenvolvimento repentinos, a transmissão ocorria de pessoa para pessoa por meio do convívio e geralmente pelas vias respiratórias. Desde seu surgimento até 1977 ela foi erradicada. O texto nos mostra  também que independente da idade e da classe social, é necessário se vacinar, prevenir e acima de tudo se cuidar, pois o acesso à vacina hoje é para todos, e os suprimentos de vacina estão aumentando cada vez mais para atender a demanda.
      No segundo artigo é possível visualizar o poder da vacina da hepatite b. A hepatite b é causada por um vírus transmitido diretamente na corrente sanguínea, não se adquirindo através de talheres, pratos, beijo ou outra atividade que não ocorra contato direto com o sangue. Geralmente a vacina é aplicada em 3 doses (1ª -  de um a seis meses de nascido, 2ª - 30 dias depois da primeira dose e a 3ª - 30 dias depois da segunda), sendo aplicada via intramuscular na coxa quando recém nascido e já em crianças maiores, adultos e  adolescentes é aplicada no deltóide. A vacina tem eficácia de 80-100%.
    Com tudo isso, vale ressaltar à população e a você leitor, que a vacina, independente do vírus ou bactéria, é uma das formas mais fantásticas e mais simples de se evitar uma possível doença e o seu agravamento. É muito importante se vacinar e mais importante ainda conhecer as datas e as doses de cada vacinação. Para isso é só procurar uma unidade de saúde e atualizar seu cartão de vacina. Vale lembrar também que a TIC (tecnologia da informação e comunicação) estão sempre a serviço da população com tecnologias que auxiliam na divulgação de diversos assuntos pois estamos numa era tecnológica onte tudo é mais fácil e acessível, ela ajuda também para a melhoria da qualidade da vacina e na criação de outras vacinas para outras doenças, já pensou no futuro poder prevenir de doenças como a AIDS?
     Então a mensagem a ser passada é para não esquecer que a vacina é para todos, então faça bom proveito que sua saúde agradece. 



  

Reações pós-vacinação: um breve esclarecimento



      Muitas pessoas têm receio em relação à vacinação, principalmente em recém-nascidos e crianças,  por medo de reações adversas à vacina.
     Um evento adverso pós-vacinação, de acordo com o portal da saúde, é qualquer fator clínico indesejável em pessoas que tenham recebido algum imunobiológico. Um sintoma que ocorra após a vacinação nem sempre esta associado à vacina. Para que se tenha essa relação, fatores como a sua composição, o individuo, a técnica que foi utilizada na aplicação ou a coincidência de sintomas através de alguma patologia devem ser levados em consideração antes de se confirmar uma reação pós-vacinação.
    Um fato recentemente relacionado à vacina antipólio deixou a população estadunidense assustada. Um erro na sua produção resultou em vacinas mal inativadas provocando a paralisia em 192 casos. Algumas outras vacinas também tiveram problemas para adquirir credibilidade entre a população. A vacina antivariólica, por exemplo, era considerada a pior em relação a eventos adversos, apresentava febre e em alguns casos até encefalite vacinal, mas foi através dela que a varíola foi erradicada do mundo. Episódios similares ocorreram com a MMR (tríplice viral contra sarampo, caxumba e rubéola) que gerou uma grande discussão sobre ser o autismo e a doença inflamatória intestinal uma consequência dessa vacina em algumas crianças. Muitos estudos foram realizados, mas essa relação não foi comprovada até então. Outra vacina questionada foi a anti-hepatite B, que teria supostamente um vínculo com o aumento de esclerose múltipla na França em 1994. Também nada foi comprovado cientificamente até o momento.
    Devido a tantos fatos inconcretos e à baixa na cobertura de imunização populacional, em 1992 o Ministério da saúde implementou o  Sistema de Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinação do Ministério da Saúde (SVEAPV), que criou um manual sobre o assunto e treinou seus profissionais para amenizar a falta de informação que afastava as pessoas dos programas de vacinação.
    Hoje em dia, as vacinas possuem um controle de qualidade extremamente rigoroso, além de termos profissionais da saúde treinados, não só para aplicá-las mas também para sanar as dúvidas das pessoas e monitorar qualquer evento adverso que elas possam causar. Sendo assim, essas reações foram reduzidas a quase zero devido a todo cuidado tomado desde a fabricação até a pós-aplicação.
Por isso vacine-se! É importante e seguro, mantenha o seu cartão de vacinação em dia. A sua saúde agradece!

Fontes: MARTINS, R, M; MAIA, M, L, S. Eventos adversos pós-vacinais e resposta social. vol. 10 (suplemento 2):807-25, 2003.